Data: 16-04-2012
Criterio:
Avaliador: Pablo Viany Prieto
Revisor: Miguel d'Avila de Moraes
Analista(s) de Dados: CNCFlora
Analista(s) SIG:
Especialista(s):
Justificativa
Trichilia fasciculata se distribui de forma ampla na Amazônia brasileira ao sul do rio Amazonas. Suspeita-se que a espécie seja frequente ao menos em alguns setores da sua distribuição, como no Estado do Acre. As informações disponíveis indicam a ocorrência da espécie em ao menos uma unidade de conservação (SNUC) de proteção integral, o Parque estadual do Cristalino no Estado do Mato Grosso.
Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.
Nome válido: Trichilia fasciculata T.D.Penn.;
Família: Meliaceae
Descrita por Pennington (1981). Nome popular: jitó mirim (Sakuragui; Stefano; Calazans, 2012).
Encontrada nas regiões Norte (Pará, Acre, Rondônia) e Centro-Oeste (Mato Grosso) (Sakuragui; Stefano; Calazans, 2012). Na descrição de Pennington (1981) era conhecida de três coleções, duas do oeste da Amazônia (Acre e Rondônia) e uma do Rio Tapajós (Pará).
Arvoreta até 4 m altura., do sub-bosque. Flores brancas coletadas em Setembro e Novembro (Pennington, 1981).
1.7 Fire
Detalhes
No Parque Estadual Cristalino, em Novo Mundo no Estado do Mato Grosso, Sasaki; Zappi; Milliken (2008) mencionam a ocorrência da espécie no sub-bosque da Campinarana florestada, em baixios e em topos de serra. Essa fisionomia, embora não seja exclusiva da espécie, apresenta características estacionais que tornam muito vulneráveis ao fogo e por isso ela é susceptível ao declínio da qualidade do habitat. Esse tipo de vegetação também é pouco representativa na Reserva.
1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Detalhes
Sasaki; Zappi; Milliken (2008) ressaltam que a região do Cristalino, localizada no extremo norte do Estado de Mato Grosso nos municípios de Novo Mundo e Alta Floresta, constitui umas das áreas mais importantes para conservação na Amazônia brasileira, devido ao alto grau de pressão antrópica a que está submetida e à sua elevada biodiversidade, a qual é ainda pouco conhecida (citando Campello et al., 2002). Ainda ressaltam a localização no chamado Arco do desmatamento no sul da Amazônia brasileira, a região do Cristalino tem sido palco de conflitos político-econômicos desde o início de sua colonização nos anos 70 em que atividades garimpeiras, agricultura, retirada de madeira e pecuária foram responsáveis pela intensa devastação da sua vegetação nativa, que atualmente encontra-se extremamente fragmentada. Essas também foram encontradas em estudo da evolução do desmatamento em Alta Floresta (Castro; Castilhos; Egler, 2008).
1.2.1.1 International level
Situação: on going
Observações: Vulnerável (VU). Listavermelha IUCN (2011).
- PENNINGTON, T. D. Flora Neotropica: Meliaceae. Monograph 28. New York, NY: New York Botanical Garden, 1981. 470 p.
- SASAKI, D.; ZAPPI, D.; MILLIKEN, W. Vegetação do Parque Estadual Cristalino Novo Mundo, MT, p.58, 2008.
- MAURY, C.M. (ORG.). Biodiversidade Brasileira: Avaliação e identificação de áreas e ações prioritárias para conservação, utilização sustentável e repartição dos benefícios da biodiversidade nos biomas brasileiros. Brasília, DF: Ministério do Meio Ambiente, Secretaria de Biodiversidade e Florestas, PROBIO, 2004.
- CASTRO, S.M. DE; CASTILHOS, Z.C.; EGLER, S.G. Ecorregião Xingu-Tapajós Principais Vetores do Desmatamento no Município de Alta Floresta, MT. , 2008.
- CAMPELLO, S.; GEORGIADIS, G.; RICHTER, M. ET AL. Diagnóstico do Parque Estadual Cristalino, Brasília, DF, 2002.
- SAKURAGUI, C.M.; STEFANO, M.V.; CALAZANS, L.S.B. Meliaceae in Lista de Espécies da Flora do Brasil, Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponivel em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2012/FB009998>.
CNCFlora. Trichilia fasciculata in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora.
Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Trichilia fasciculata
>. Acesso em .
Última edição por CNCFlora em 16/04/2012 - 18:58:25